Em julho, vim para Curitiba morar com minha namorada, o que diria que foi um casamento, embora evitasse este termo assim como "marido" e "esposa" por motivos de natureza privada, enquanto ela precisava de alianças para se sentir casada. O último dia 3 era aniversário dela e não tinha presente melhor que alianças que eu poderia dar a ela. Formos a Recife em setembro, após nossa volta fiz uma pesquisa na Internet e, ao contrário do que esperava, achei um par de alianças que cabia no meu limitado orçamento. Depois da compra, soube que ignorei algo básico, o número da aliança, a circunferência do dedo, o que tive de dizer no olho – errei o meu e acertei o dela, mas depois ela resolveu isso numa joalheria. O prazo de entrega criava a possibilidade das alianças chegarem após o aniversário dela e enviei um e-mail pedindo para enviarem logo. Acompanhei o rastreio dos Correios, quando entregaram mandei a empregada pegar na portaria sem contar a ela, guardando numa gaveta fora de uso e pedi que minha cunhada que fizesse a embalagem de presente. Na véspera, pedi que a empregada as tirasse da gaveta, as levei engatinhando até nosso quarto, escondi o presente do lado da cama, atrás da perna da cadeira, e no dia do aniversário a primeira coisa que fiz foi o dar a ela. Era o único presente que ela não esperava e passou cerca de uma hora meio desnorteada!

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