Nesta semana, me entristeci algumas vezes pelo distanciamento afetivo de Clara. Ontem à noite, Silvia foi jantar com as colegas de trabalho – só as mulheres – e fiquei cuidando de Clara com a ajuda da nossa diarista. Pouco após as 21h, para Clara dormir propus a ela assistir Malévola no sofá, o que inicialmente não deu certo e deixei a TV num canal aberto para a diarista ver. Minutos depois, esta a convenceu, ao se deitar no sofá Clara me pediu para botar o filme, passou a acariciar minha cabeça, falou em voz baixa “papai, eu adoro você” – foi a primeira vez que ela disse isso espontaneamente – e logo dormiulaughing

Enquanto Clara me acariciava, tentei fazer o mesmo na sua perna, mas ela rejeitou e, com um pouco de tristeza, fiquei pensando se algum dia vai superar o medo do meu toque.

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