Nesse artigo, Fabiano Puhlmann diz que as pessoas com paralisia cerebral “frequentemente são superdotados na inteligência”. Desconsiderando os casos em que a lesão afeta as partes do cérebro responsáveis pela cognição, não há motivo para supor que a distribuição de Q. I. ou qualquer outra medida de inteligência – todas sujeitas a controvérsias – entre tais pessoas difira do resto da população. Assim, dizer que há uma maior incidência de superdotados entre elas decorre da surpresa de sua “normalidade” nesse aspecto quando se espera que todas, ou na grande maioria, tenham déficit cognitivo. É um resquício de preconceito muito comum – estou cansado de ouvir que sou superdotado ou gênio (não sou) e usei o artigo de Puhlmann apenas como um exemplo que estava disponível.

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